Gestão Adriane Lopes afirma não ter recursos para operar viaturas solicitadas em 2023
A situação das novas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) expõe fragilidades no planejamento da gestão da prefeita Adriane Lopes (PP). Veículos solicitados ao Ministério da Saúde ainda em outubro de 2023 chegaram ao município no mês de abril deste ano, mas seguem sem uso, sob a justificativa de ausência de recursos financeiros para colocá-los em operação.

De acordo com documentos oficiais, o pedido das ambulâncias foi feito com o objetivo de ampliar o atendimento de urgência e emergência à população. No entanto, passados vários meses entre a solicitação, a liberação e a entrega dos veículos, a administração municipal afirma agora que não dispõe de verba suficiente para custear despesas básicas como equipe, manutenção e abastecimento das viaturas.
O que chama atenção é que, ao mesmo tempo em que mantém ambulâncias novas paradas, a prefeitura segue utilizando cinco veículos alugados por meio de um contrato considerado milionário. A coexistência dessas duas situações levanta questionamentos sobre a eficiência da gestão dos recursos públicos e a real prioridade dada ao fortalecimento do Samu com frota própria.
Especialistas em administração pública destacam que a solicitação de veículos junto ao governo federal pressupõe planejamento prévio, incluindo previsão orçamentária para sua operação. A falta dessa organização acaba resultando em prejuízo direto à população, que deixa de contar com mais ambulâncias em circulação para atendimentos de urgência.
Além disso, a manutenção de contratos de locação enquanto veículos próprios permanecem inativos pode gerar gastos desnecessários aos cofres públicos, ampliando o custo do serviço sem a correspondente melhoria na assistência prestada.
A prefeitura ainda não apresentou um cronograma claro para a entrada das novas ambulâncias em funcionamento. Também não detalhou se existe a intenção de reduzir ou encerrar o contrato de locação vigente, substituindo gradualmente os veículos alugados pelas viaturas recebidas do Ministério da Saúde.
Enquanto isso, as ambulâncias permanecem paradas, e a população segue dependente de um serviço que poderia ser ampliado, mas que esbarra na falta de planejamento e gestão eficiente. Documentos obtidos pela reportagem mostram que o município já estuda alternativas para o destino dos veículos, o que deve ser detalhado nos próximos dias.



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