IPCA de outubro registra 0,09%, patamar mais baixo desde 1998. Em relação a setembro, quando ficou em 0,48%, a queda foi de 0,39 ponto percentual
Há 27 anos, o Brasil não registrava uma inflação tão baixa no mês de outubro, 0,09%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a setembro, quando ficou em 0,48%, a queda foi de 0,39 ponto percentual.
Considerado a inflação oficial, o IPCA não atingia tal nível desde 1998. Pelas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva celebrou o recorde: “A desaceleração foi puxada pela queda na conta de luz e pela estabilidade nos preços dos alimentos. Mais uma notícia que reflete o trabalho do governo federal para garantir equilíbrio econômico e mais poder de compra para a população”. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (11).
Os setores que mais contribuíram para a redução recorde obtida no mês passado foram os artigos de residência (-0,34%); habitação (-0,30%) e comunicação (-0,16%). Já grupo alimentação praticamente se manteve o mesmo, com variação de apenas 0,01%, enquanto vestuário teve alta de 0,51%.
“A queda de 0,30% do grupo habitação foi motivada pela variação negativa de 2,39% registrada no subitem energia elétrica residencial, sendo o maior impacto negativo no índice de outubro, com -0,10 p.p. Tal movimento reflete a mudança da bandeira tarifária vermelha patamar 2, vigente em setembro, para a bandeira vermelha patamar 1, com a cobrança adicional de R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos, ao invés dos R$ 7,87”, explica do IBGE.
Cabe ressaltar que em outubro, dentro do grupo alimentação e bebidas (0,01%), a alimentação no domicílio diminuiu 0,16%. Os principais destaques foram as quedas do arroz (-2,49%) e do leite longa vida (-1,88%). No lado das altas, sobressaem a batata-inglesa (8,56%) e o óleo de soja (4,64%).
Nos últimos 12 meses, a inflação ficou em 4,68%, abaixo dos 5,17% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2024, a variação havia sido de 0,56%. No ano, o IPCA teve alta de 3,73%.
Maiores impactos
Em relação aos itens com maior aumento, no setor de vestuário o destaque ficou com calçados e acessórios, com alta de 0,89%, e roupa feminina, com 0,56%.
No grupo de despesas pessoais (0,45%), o que mais aumentou foi o subitem empregado doméstico, que subiu 0,52%, e o pacote turístico com alta de 1,97%.
No entanto, o maior impacto no índice do mês, com 0,06 p.p., se deu pela alta do grupo de saúde e cuidados pessoais (0,41%), impulsionada pelos artigos de higiene pessoal (0,57%) e plano de saúde (0,50%).
Fonte: Vermelho






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