Fux já havia julgado mais de 400 ações penais relacionadas aos ataques de 8 de janeiro
O voto do ministro Luiz Fux, que absolveu o ex-presidente Jair Bolsonaro da acusação de envolvimento em tentativa de golpe de Estado, gerou questionamentos dentro do Supremo Tribunal Federal (STF). Colegas lembraram que o magistrado já havia julgado mais de 400 ações penais relacionadas aos ataques de 8 de janeiro de 2023, alinhando-se, na maioria dos casos, à posição do relator, Alexandre de Moraes.

Para integrantes da Corte, a decisão de Fux representaria uma contradição em relação à sua própria atuação anterior, quando votou pela responsabilização de acusados considerados participantes diretos da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. Agora, ao afastar Bolsonaro da chamada “trama golpista”, o ministro teria adotado um entendimento distinto.
A divergência abriu espaço para debates internos sobre a coerência das decisões e a leitura jurídica dos fatos que envolveram tanto os executores materiais dos atos quanto as lideranças políticas acusadas de instigação. O julgamento segue em andamento e deve definir o alcance das responsabilidades sobre os episódios que colocaram em xeque a democracia brasileira.


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