Moraes classifica acusados como “milícias digitais” e diz que houve divisão de tarefas típica de organização criminosa
Durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus por tentativa de golpe de Estado, realizado nesta terça-feira (9), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que a atuação do grupo tinha características típicas de uma organização criminosa.

Segundo Moraes, os acusados formaram uma estrutura com “divisão de tarefas”, planejamento e coordenação para tentar reverter os resultados das eleições de 2022. Ele classificou o grupo como “milícias digitais” e destacou que, historicamente, todas as vezes em que as Forças Armadas atenderam a convocações políticas, o Brasil vivenciou “um golpe, uma ditadura”.
“Essa organização criminosa, com divisão de tarefas e de forma permanente e hierarquizado, que caracteriza o crime de organização criminosa, praticou vários atos executórios”, declarou o ministro.
Já a defesa de Bolsonaro e dos demais réus sustenta que a Procuradoria-Geral da República (PGR) não apresentou provas documentais que comprovem a participação deles nos atos de 8 de janeiro de 2023. Os advogados alegam que não há demonstração de que seus clientes tenham praticado diretamente danos contra prédios públicos. No caso de Bolsonaro, a defesa classificou a denúncia como baseada em um “golpe imaginado”.


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