Michel Temer foi o responsável por levar Alexandre de Moraes ao Supremo, coroando uma carreira de destaque iniciada em São Paulo
O ministro Alexandre de Moraes, hoje uma das figuras mais influentes da cena política e jurídica do país, construiu uma carreira marcada por ascensão rápida e articulação em diferentes esferas de poder. Professor de Direito Constitucional da Universidade de São Paulo (USP) desde 2002, ele ingressou no Ministério Público em 1991 e, a partir daí, ocupou cargos importantes tanto na Prefeitura quanto no Governo de São Paulo.

Sua ligação com a centro-direita paulista o levou a se filiar ao PSDB, partido no qual se destacou até ser convidado, em 2015, para chefiar a Secretaria de Segurança Pública do governo de Geraldo Alckmin, então tucano e hoje vice-presidente da República pelo PSB.
Foi nesse período que Moraes ganhou projeção nacional ao conduzir a Polícia Civil na rápida solução do caso em que um hacker tentou chantagear Marcela Temer, esposa de Michel Temer. O episódio fortaleceu sua relação com o então vice-presidente, que assumiria o Palácio do Planalto após o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016.
Já no governo Temer, Alexandre de Moraes ocupou o cargo de ministro da Justiça e, pouco tempo depois, foi indicado pelo emedebista a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). A escolha representava um nome de confiança da centro-direita paulista, perfil semelhante ao do próprio Temer.
Em apenas oito anos, Moraes consolidou-se como um dos principais atores do Judiciário e da política nacional. Antes alvo de duras críticas da esquerda, passou a ser visto como aliado em defesa da democracia e do Estado de Direito, tornando-se um dos ministros mais centrais do STF.


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