Lei do ‘eu me salvo’: políticos querem controlar até suas próprias investigações
Um grupo de deputados do PL, PP, União Brasil, PSD e Novo está organizando uma proposta polêmica que exige autorização prévia da Câmara ou do Senado para que parlamentares sejam investigados. Na prática, os próprios políticos teriam que aprovar qualquer investigação contra si.

A iniciativa resgata uma regra revogada em 2001, após escândalos de corrupção. Especialistas alertam que, se aprovada, a medida pode travar dezenas de inquéritos em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) e abrir caminho para maior impunidade, dificultando o trabalho da Justiça.
O acordo que originou o projeto surgiu como moeda de troca para encerrar o motim bolsonarista no plenário da Câmara. O pacote também prevê a retirada de processos do STF, alterações nas regras de medidas cautelares e até anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Para especialistas em direito e combate à corrupção, a proposta representa um retrocesso significativo, podendo permitir manobras para barrar investigações e blindar parlamentares de crimes com impacto direto na vida da população.


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