Medida cautelar do STF impede pastor de deixar o país e o afasta de aliados investigados em suposta trama golpista
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (21) o cancelamento de todos os passaportes do pastor Silas Malafaia, tanto nacionais quanto estrangeiros, além de proibir sua saída do Brasil. Os documentos devem ser entregues à Polícia Federal (PF) em até 24 horas, e o órgão ficará responsável por impedir a emissão de novos passaportes.

A decisão inclui ainda a comunicação ao Ministério das Relações Exteriores, a fim de que sejam bloqueadas eventuais tentativas de Malafaia de deixar o país por fronteiras terrestres — como ocorreu com a deputada federal Carla Zambelli (PL), que tentou fugir para a Argentina após condenação no STF.
Além da restrição de viagem, Moraes também proibiu o pastor de manter contato com todos os investigados ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na investigação sobre uma suposta trama golpista. Entre os nomes mencionados, está o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atualmente se encontra nos Estados Unidos. A proibição se estende a qualquer tipo de comunicação, inclusive por intermédio de terceiros.
Segundo Moraes, as medidas foram impostas por indícios de que Malafaia teria atuado em associação com Jair Bolsonaro em práticas que configuram crimes de coação no curso do processo e obstrução de investigação envolvendo organização criminosa.
O nome do pastor foi incluído no inquérito da Polícia Federal que apura tentativas de obstrução de Justiça relacionadas à atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos. Também são investigados o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro e o blogueiro Paulo Figueiredo.


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