Manifestação foi anunciada como forma de protesto contra decisões do STF
Em um gesto incomum no cenário político brasileiro, deputados da base bolsonarista anunciaram nesta quarta-feira (6) o início de uma “greve de palavras”. A decisão, segundo os próprios parlamentares, é uma forma de protestar contra decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF) e o que classificam como uma “censura ao conservadorismo”.
De acordo com os deputados, a ideia é cruzar os braços ou melhor, fechar a boca durante sessões, votações e entrevistas, em um ato simbólico contra o que chamam de “clima antidemocrático no Parlamento”.
“Se não podemos falar tudo o que pensamos, então não falaremos mais nada”, disse um dos líderes do movimento, que deu entrevista apenas com gestos, enquanto segurava uma bandeira do Brasil com os dizeres “Liberdade de expressão”.
A “greve de palavras” foi recebida com ironia por alguns colegas de bancada. “Pelo menos assim o ambiente fica mais silencioso”, comentou um deputado da oposição.
Especialistas avaliam que o protesto tem mais efeito midiático do que prático, já que o silêncio dos parlamentares não impede suas presenças nem suas votações que continuam sendo feitas normalmente, muitas vezes por meio de botões eletrônicos.
Nas redes sociais, apoiadores exaltaram a ação como “resistência pacífica”, enquanto críticos lembraram que o Congresso é, por definição, um espaço de debate e argumentação, e que o silêncio pode representar justamente o oposto da atividade parlamentar.


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