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Moraes chama ofensiva de bolsonaristas nos EUA de
Moraes chama ofensiva de bolsonaristas nos EUA de "traição à pátria" e critica ações coordenadas contra o STF

Ministro do Supremo afirma que articulações internacionais tentam coagir a Corte e prejudicar a economia brasileira. Sessão de reabertura dos trabalhos do STF foi marcada por discurso firme contra ataques institucionais

Na reabertura dos trabalhos do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (1º), o ministro Alexandre de Moraes fez um pronunciamento contundente contra a recente ofensiva de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro nos Estados Unidos. Segundo Moraes, as ações coordenadas no exterior, incluindo articulações políticas e ataques à imagem da Corte, configuram "traição à pátria".

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“Como se glória houvesse na traição”, afirmou o ministro, em referência direta às ações de Eduardo Bolsonaro, que esteve em Washington promovendo encontros com parlamentares e ativistas da extrema-direita americana. Moraes não citou o deputado nominalmente, mas a crítica foi interpretada como uma resposta direta às recentes movimentações do filho do ex-presidente.

Para o ministro, essas ofensivas não apenas tentam pressionar o Judiciário brasileiro, como também têm potencial para afetar negativamente a economia nacional, ao gerar instabilidade institucional. “Não se trata apenas de ataques retóricos. São atitudes que colocam em risco a credibilidade das instituições democráticas do Brasil no cenário internacional”, declarou.

A sessão marcou o início das atividades do segundo semestre no STF, com três pautas previstas para julgamento. No entanto, o clima político e os recentes acontecimentos internacionais dominaram os primeiros minutos do encontro.

Moraes, relator de inquéritos que investigam atos antidemocráticos e tentativas de golpe, tem sido alvo constante de críticas de setores bolsonaristas, especialmente após as decisões que levaram à prisão de aliados do ex-presidente e à cassação de parlamentares envolvidos nos ataques de 8 de janeiro.

A fala do ministro evidencia o aumento da tensão entre o Supremo Tribunal Federal e a ala radical da direita brasileira, num momento em que as instituições tentam reafirmar seu papel diante de pressões internas e externas.

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