Em vez de defender o Brasil, deputado licenciado atua nos Estados Unidos para alimentar ataques a instituições nacionais e pedir punições econômicas contra autoridades brasileiras
Em meio à crise diplomática e econômica provocada pelo anúncio do tarifaço dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros como o aço e o alumínio, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a se voltar contra o próprio país.

Neste domingo (14), o parlamentar publicou um vídeo nas redes sociais pedindo ao ex-presidente norte-americano Donald Trump que aplique sanções contra autoridades brasileiras, utilizando a chamada Lei Magnitsky, instrumento legal dos EUA para punir líderes estrangeiros envolvidos em corrupção ou violações de direitos humanos.
Ao invés de usar sua influência para defender os interesses nacionais e buscar o diálogo com setores conservadores americanos, Eduardo optou por pedir punições econômicas ao Brasil, tendo como alvo o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e outros líderes políticos que classifica como “opositores” de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, inelegível até 2030 e réu por tentativa de golpe.
Gravado em inglês, o vídeo mostra o deputado licenciado descrevendo o Brasil como uma ditadura, afirmando que sua família é alvo de perseguições e comparando a democracia brasileira ao regime de Nicolás Maduro, na Venezuela. Ele ainda sugere, sem provas, que o governo Lula teria ligações com grupos terroristas, citando a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin na posse do presidente do Irã.
A fala de Eduardo Bolsonaro ocorre no pior momento possível. O tarifaço anunciado representa um duro golpe para o setor produtivo nacional e ameaça milhares de empregos. Esperava-se, no mínimo, responsabilidade institucional e espírito público daqueles que representam o Brasil no exterior.
Mas o que se vê é um filho de ex-presidente que, ao invés de defender seu país, trabalha contra ele.
No momento em que o Brasil precisa de união para enfrentar os impactos econômicos das tarifas americanas, Eduardo opta por aprofundar divisões, espalhar desinformação e enfraquecer a imagem das instituições brasileiras no cenário internacional.


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