Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao acessar o site, você concorda com a política de utilização de cookies.

Não havia senhora com Bíblia na mão”, diz Moraes ao rebater narrativa bolsonarista sobre 8 de Janeiro
Não havia senhora com Bíblia na mão”, diz Moraes ao rebater narrativa bolsonarista sobre 8 de Janeiro

Durante julgamento no STF, ministro criticou tentativas de minimizar a gravidade dos atos antidemocráticos e rejeitou pedidos de anistia: “Se na minha casa eu não aceitaria, por que aceitaria para o Brasil?”

Durante o julgamento do segundo grupo de investigados por envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a refutar as alegações de que o tribunal estaria condenando majoritariamente pessoas idosas ou inocentes.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A narrativa, amplamente difundida por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, sugere que “senhoras com Bíblia na mão” estariam sendo punidas injustamente. Moraes foi categórico ao desmentir essa versão:
"Essas imagens são públicas. Nenhuma mostra senhora com Bíblia na mão. Essas imagens são muito importantes para que as pessoas não se esqueçam da gravidade do que ocorreu", afirmou.

O ministro também fez uma analogia direta para explicar a gravidade do que se passou em Brasília no início de 2023.
“Se o que ocorreu para o Brasil acontecesse na sua casa, se um grupo armado organizado ingressasse na sua casa, destruísse tudo, mas com a finalidade de fazer o seu vizinho mandar na sua casa, ou seja, de afastar você e sua família do comando da sua casa, com violência, destruição, bombas, você pediria anistia para essas pessoas?”, questionou Moraes.
“Se na minha casa eu não admitiria isso, por que vou admitir isso para o Brasil, para a República que elegeu democraticamente os seus membros?”, completou.

A fala de Moraes vem no contexto do julgamento de réus acusados de participação direta nos ataques às sedes dos Três Poderes, que ocorreram após a derrota eleitoral de Bolsonaro nas urnas. O STF tem mantido uma postura firme diante dos atos, reforçando a necessidade de responsabilização e da preservação da ordem democrática.

A tentativa de suavizar os atos como meros protestos pacíficos tem sido usada por setores bolsonaristas para justificar pedidos de anistia. No entanto, o Supremo considera os ataques uma tentativa de golpe de Estado, organizada e com finalidade de romper com o Estado Democrático de Direito.

Notícias Relacionadas

Comentários