Ex-policial militar afirma em delação à PF que a ideia foi abandonada porque seria difícil realizar um ataque contra o então deputado estadual

Em um novo desdobramento do caso Marielle Franco, o ex-policial militar Ronnie Lessa, um dos acusados pelo assassinato da vereadora, revelou que os mandantes do crime também cogitaram matar o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ). A declaração foi feita durante uma das audiências do processo.

Lessa, apontado como o autor dos disparos que mataram Marielle e seu motorista Anderson Gomes em março de 2018, afirmou que o plano para assassinar Freixo foi discutido pelos mesmos mandantes do crime contra a vereadora. Freixo, conhecido por sua atuação contra milícias no Rio de Janeiro, já havia recebido diversas ameaças de morte ao longo de sua carreira política.

A revelação adiciona uma nova camada de complexidade ao caso, que continua a desafiar as autoridades com suas implicações políticas e criminais. Até o momento, a identidade dos mandantes do assassinato de Marielle Franco permanece não confirmada, apesar de diversas investigações e suspeitas sobre envolvimento de milicianos e figuras influentes no cenário político e econômico do Rio de Janeiro.

O caso Marielle Franco, que teve repercussão internacional, é visto como um marco na luta contra a violência política e a impunidade no Brasil. Marielle, uma defensora fervorosa dos direitos humanos e das causas sociais, era uma voz crítica contra abusos de poder e violência policial, o que a tornou alvo de inimigos poderosos.

Marcelo Freixo, por sua vez, continua sendo uma figura proeminente na política brasileira, conhecido por sua coragem em enfrentar o crime organizado e as milícias. As novas revelações sobre a trama para assassiná-lo apenas reforçam a necessidade de proteção para aqueles que se levantam contra a injustiça e o crime no país.

O desenrolar dessas novas informações promete intensificar a pressão sobre as autoridades para resolver o caso e levar todos os responsáveis à justiça, enviando uma mensagem clara contra a impunidade e a favor da segurança dos defensores dos direitos humanos no Brasil.