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Assembleia Legislativa pede que TCU suspenda reajuste no preço da energia elétrica em MT
Assembleia Legislativa pede que TCU suspenda reajuste no preço da energia elétrica em MT

Deputados justificam ação afirmando que faltou transparência na definição do reajuste

O valor cobrado pela energia elétrica no estado é objeto de uma representação no TCU (Tribunal de Contas da União). A ALMT (Assembleia Legislativa de Mato Grosso) entrou com um pedido, de medida cautelar, para que o órgão determina a suspensão do reajuste aprovado recentemente pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

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Há pouco mais de 30 dias, chegou ao fim a bandeira tarifária da escassez hídrica, que cobrava uma taxa extra de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora (kWh). A expectativa era que a conta de luz fosse reduzir, porém, a concessionária Energisa aplicou um reajuste médio de 22,55% autorizado pela Aneel, e as tarifas residenciais terão redução de 0,04% no estado. Ou seja, o consumidor final não sente quase nada no bolso.

“A Aneel não atendeu aos requisitos constitucionais de transparência na autorização do maior reajuste de todos os tempos, que está onerando o já combalido orçamento familiar de cerca de 1,56 milhão de unidades consumidoras no estado, além de impactar diretamente na economia da região, desestimulando a entrada de novas indústrias e prejudicando as existentes”, diz trecho da ação da ALMT.

O pedido de medida cautelar é assinado pela Procuradoria-Geral da Casa, e foi proposto pelo relator da CPI da Energisa, Carlos Avallone (PSDB), e demais membros da Mesa Diretora. O grupo afirma que houve “violação das obrigações básicas de respeito aos direitos dos usuários e às concessões do serviço público (transparência, acesso à informações, informações claras, precisas e adequadas, modicidade da tarifa, economicidade, razoabilidade etc)”.

A representação pede ainda a “realização de auditoria no contrato de concessão para esclarecer a composição tarifária e a regularidade dos critérios metodológicos aplicados no Termo de Reajuste Anual autorizado pela Aneel em 12 de abril”.

O que dizem a Energisa e a Aneel

O reajuste anual da tarifa de energia elétrica é definido pela agência reguladora, com base no contrato com a concessionária. A Energisa afirma que a concessionária responde por 5,24% do aumento e que os demais 17,31% são causados por outros fatores, como aumento dos encargos setoriais e custos.

A Aneel reforça os argumentos da Energisa, e fundamenta o reajuste alegando a necessidade de corrigir distorções decorrentes da retirada dos componentes financeiros estabelecidos no último processo tarifário, bem como relativo ao aumento dos encargos setoriais e os custos de distribuição.

“Do total de 22,5%, 5,24% caberiam à Energisa Mato Grosso, para fazer frente aos investimentos e custos operacionais. Mas o restante, 17,31%, estaria relacionado com o aumento dos encargos setoriais e custos com a crise hídrica, especialmente em razão do acionamento de termoelétricas”.

Fonte: Primeira Página 

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