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Às vésperas da COP30, Amazônia registra queda recorde no desmatamento Foto: Vinícius Mendonça/Ibama
Às vésperas da COP30, Amazônia registra queda recorde no desmatamento

Os dados do sistema Prodes do Inpe revelam que se trata da terceira menor taxa da série histórica, que começou a ser medida em 1988

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou nesta quinta-feira (30) mais um índice recorde da queda do desmatamento na Amazônia. De agosto de 2024 a julho de 2025, a área desmatada na região atingiu 5.796 km², o que representa uma queda de 11,08% em relação ao período anterior (agosto de 2023 a julho de 2024).

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Entre os estados da Amazônia Legal que concentram as maiores taxas de redução, Tocantins apresentou diminuição de 62,5%; Amapá, de 48,15%; Acre, de 27,62%; Maranhão ,de 26,06%; Amazonas, de 16,93%; Pará, de 12,4%; Rondônia, de 33,61%; e Roraima, de 37,39%. Foi identificado aumento de 25,06% em Mato Grosso.

Os dados do sistema Prodes revelam que se trata da terceira menor taxa da série histórica, que começou a ser medida em 1988.

Desse modo, desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva houve o terceiro ano consecutivo de redução, um acúmulo de 50% em relação a 2022. A notícia é considerada boa, haja vista que o país está há pouco dias da realização da COP30, em Belém (PA).

Os dados são positivos também para o Cerrado onde foi registrado, no mesmo período, queda de 11,49%. No bioma, foram desmatados 7.235,27 km², segundo ano consecutivo de redução, após cinco de alta (2019 a 2023).

No Cerrado, 77,9% do desmatamento ocorreu nos estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, que formam a região conhecida como Matopiba.

“Com o resultado, foi evitada a emissão de 733,9 milhões de toneladas de CO2e por desmatamento na Amazônia e Cerrado desde 2022. O valor equivale às emissões relativas a 2022 de Espanha e França somadas”, diz nota do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou o trabalho do Inpe em parceria com a pasta ambiental. “Esses resultados não são obra do acaso. A excelência do Inpe e o monitoramento de precisão que realizamos são o alicerce que nos permite enxergar a realidade do nosso território e, a partir daí, fornecer subsídios às ações do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, nessa parceria que tem sido tão frutífera”, afirma.

A ministra Marina Silva diz que a redução do desmatamento nos dois biomas é a confirmação de que a agenda ambiental é prioritária e transversal no governo do presidente Lula.

“Isso é fundamental para que o país contribua ao enfrentamento à mudança do clima em nível global, o que beneficia diretamente a vida dos brasileiros e brasileiras, que já enfrentam, em diferentes medidas, os impactos crescentes do aquecimento global em forma de eventos extremos, por exemplo”, considera.

Para ela, combater o desmatamento e proteger o meio ambiente são condicionantes para que o Brasil alcance o desenvolvimento econômico em bases sustentáveis e gere prosperidade para sua população.

Desmatamento zero

Na avaliação do governo, os números são fruto do compromisso em zerar o desmatamento em todo o país até 2030 e das ações implementadas desde o início da gestão do presidente Lula.

Entre elas, a reestruturação da governança ambiental, com a criação de Planos de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento para a Amazônia, o Cerrado e demais biomas brasileiros, e a retomada da Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas, que reúne 19 ministérios sob a presidência da Casa Civil e a secretaria-executiva da pasta ambiental.

Fonte: Vermelho

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