Na última sexta-feira (19), o Ministério da Saúde anunciou a chegada de 100 mil unidades do implante contraceptivo conhecido como Implanon, que será disponibilizado gratuitamente nas redes do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil. Diante da relevância social e do impacto dessa medida na vida das mulheres, a deputada federal Camila Jara (PT), entregou ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, um ofício solicitando prioridade da distribuição para Mato Grosso do Sul.

O Implanon, já aplicado na rede privada por valores que podem chegar a R$4 mil, é inacessível para grande parte das mulheres brasileiras, sobretudo as que vivem em territórios periféricos, rurais e indígenas. Para Camila, garantir a chegada do contraceptivo à ponta do SUS é essencial para evitar que desigualdades regionais e sociais se perpetuem.
“É imprescindível que o acesso ao Implanon chegue à ponta, às Unidades Básicas de Saúde e de Saúde da Família, que são a porta de entrada da maioria absoluta da população sul-mato-grossense. Sem essa garantia, corremos o risco de manter afastadas justamente as mulheres que mais precisam”, afirmou a deputada.
O ofício entregue pela parlamentar ao Ministro também solicita a capacitação imediata dos profissionais da Atenção Primária, para que estejam aptos à inserção e remoção do implante de forma segura e humanizada. A deputada também solicitou a realização de campanhas educativas amplas, que informem as mulheres sobre seus direitos, o funcionamento do método e o caminho para acessá-lo.
O Implanon tem duração de três anos e é considerado um dos métodos mais eficazes de prevenção da gravidez. Também auxilia no tratamento da endometriose e contribui para a redução da mortalidade materna no Brasil. A previsão do Ministério da Saúde é distribuir 1,8 milhão de implantes até 2026.
“O Implanon não é apenas um insumo de saúde. Ele é um instrumento de emancipação, autonomia e redução das desigualdades para as mulheres. Ele abre horizontes para que milhares possam planejar seu futuro com mais dignidade e liberdade”, ressaltou a deputada Camila Jara.


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