Processo contra ex-juiz está parado há mais de um ano no CNJ
O senador e ex-juiz Sérgio Moro, que condenou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 12 anos de prisão no âmbito da Operação Lava Jato, é alvo de um processo no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que apura possíveis irregularidades em sua conduta na 13ª Vara Federal de Curitiba.

A investigação teve início após uma correição conduzida pelo ministro Luis Felipe Salomão, que apontou uma "gestão caótica" na condução de acordos de colaboração e leniência. Segundo o relatório, há suspeita de um “possível conluio” entre juízes e procuradores para direcionar recursos bilionários, como a multa paga pela Petrobras, para a criação de uma fundação privada que administraria os valores.
O julgamento do caso chegou a ser pautado no CNJ, mas acabou sendo retirado da agenda em abril de 2024, permanecendo parado há mais de um ano. A Corregedoria do órgão recomendou ainda que a Polícia Federal investigue Moro por peculato, crime caracterizado pelo desvio de recursos públicos.
O documento também sugere que a fundação, idealizada para gerir parte dos R$ 2,5 bilhões em multas, poderia servir como instrumento de projeção pessoal e política dos envolvidos. A suspeita ganha peso diante do ingresso posterior de Moro e do ex-procurador Deltan Dallagnol na vida política.


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