Mesmo com ataques e tarifas, o governo segue com paciência e trabalho sério para valorizar o que é do Brasil e abrir novas portas para nossos produtos no mundo
Em meio à instabilidade comercial com os Estados Unidos, que decidiram manter uma tarifa de 50% sobre o café brasileiro a partir de 6 de agosto, o Brasil recebe um sinal claro de valorização vindo do outro lado do mundo: a China acaba de autorizar 183 novas empresas brasileiras a exportarem café para seu mercado. A medida, anunciada pela Embaixada da China no Brasil, entrou em vigor em 30 de julho de 2025 e terá validade de cinco anos.

A decisão chinesa acontece em um momento estratégico, especialmente após o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar tarifas generalizadas contra os produtos brasileiros ainda que tenha recuado em parte, retirando a sanção de cerca de 700 itens, como laranja e produtos do setor aéreo, o café permaneceu como alvo principal.
Apesar dos EUA ainda serem os maiores compradores do café brasileiro com 440 mil sacas exportadas apenas em junho a China surge como uma alternativa concreta e promissora, com demanda crescente e espaço para expansão. No mesmo mês, o Brasil exportou cerca de 56 mil sacas ao mercado chinês, número que tende a crescer significativamente com a entrada dessas novas empresas habilitadas.
A habilitação das 183 empresas é vista como um avanço que traz segurança jurídica, previsibilidade e oportunidades reais de negócios para o setor cafeeiro nacional. Minas Gerais, principal estado produtor, deve ser um dos grandes beneficiados, com cooperativas, torrefadoras e pequenos produtores podendo negociar diretamente com importadores chineses, agregando valor e renda à cadeia produtiva.
Enquanto os Estados Unidos erguem barreiras, outros mercados se abrem e mostram disposição em fortalecer relações comerciais com o Brasil. A resposta chinesa reforça a importância da diversificação de parceiros internacionais e mostra que o produto brasileiro segue sendo valorizado mundo afora, mesmo diante de disputas políticas e comerciais.


Comentários