Redistribuição de renda estimula consumo, aquece o mercado e aumenta a geração de empregos, aponta estudo
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) mostra que aumentar a taxação sobre os super-ricos pode gerar efeitos positivos para a economia brasileira. Segundo a análise, cobrar mais impostos de quem está no topo da pirâmide social não apenas promove justiça fiscal, mas também impulsiona o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a geração de empregos.

A lógica é direta: enquanto os mais ricos tendem a acumular capital, famílias de baixa e média renda utilizam a maior parte de sua renda no consumo. Essa diferença tem grande impacto econômico. Com mais dinheiro circulando nas mãos de quem consome, o mercado interno se aquece, estimulando a produção, os investimentos e, consequentemente, a geração de empregos.
Esse efeito multiplicador da redistribuição de renda, segundo o estudo, poderia ser uma das principais estratégias para enfrentar a desigualdade social e estimular o desenvolvimento econômico de forma sustentável. Ao aliviar a carga tributária da classe média e dos trabalhadores, e aumentar a contribuição dos mais ricos, o país caminharia para uma economia mais equilibrada e inclusiva.
A proposta de taxar fortunas e grandes patrimônios tem ganhado força no debate público, especialmente em um cenário onde a desigualdade de renda ainda é um dos maiores desafios do Brasil. Para os autores do estudo, a política fiscal deve ser usada como instrumento de transformação social.


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