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Caos e descaso: Prefeitura de Coxim cancela licitação após seis meses e expõe falhas graves na gestão da saúde
Caos e descaso: Prefeitura de Coxim cancela licitação após seis meses e expõe falhas graves na gestão da saúde

Revogação de pregão escancara desorganização e despreparo da Prefeitura de Coxim na gestão da saúde pública

A saúde pública de Coxim, mais uma vez, enfrenta uma situação de completo descaso e falta de planejamento por parte da Prefeitura. Após mais de seis meses de tramitação, a administração municipal cancelou uma licitação para hospedagem de pacientes encaminhados para tratamento em Campo Grande, evidenciando a desorganização e o despreparo da atual gestão.

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O edital do pregão eletrônico nº 031/2024, publicado em novembro do ano passado, visava contratar uma empresa para fornecer hospedagem com alimentação e transporte a pacientes da Secretaria Municipal de Saúde. A empresa vencedora, com menor proposta global, foi anunciada em fevereiro deste ano. No entanto, apenas em maio – quase três meses após a homologação do resultado – a Prefeitura decidiu anular o processo alegando a ausência de critérios de acessibilidade no edital.

A justificativa da anulação aponta que o documento não previa exigências como rampas de acesso, banheiros adaptados, veículos com acessibilidade e ambientes adequados para a alimentação dos pacientes. O detalhe preocupante é que nenhuma dessas exigências foi levantada nas duas visitas técnicas realizadas no local da empresa vencedora – uma delas com a presença do próprio prefeito e da secretária de Saúde.

O empresário responsável pela pousada vencedora se manifestou indignado com a revogação do certame. Segundo ele, deixou de participar de outros processos licitatórios por confiar no contrato com o município, e agora se vê prejudicado por um erro que, segundo a própria Prefeitura, estava no edital desde o início.

“O edital era claro. Em nenhum momento foi exigido veículo adaptado. Se isso era um critério obrigatório, por que ninguém questionou durante as visitas técnicas? Agora, depois de tudo pronto, vem essa revogação?”, declarou o empresário.

A incoerência fica ainda mais evidente quando se observa a estrutura da própria Prefeitura de Coxim. Recentemente, um veículo da Secretaria de Saúde sofreu uma pane mecânica na BR-163 enquanto transportava crianças para atendimento médico, gerando riscos e exposição dos pacientes. Isso levanta a dúvida: como pode a gestão municipal cobrar da iniciativa privada aquilo que ela mesma não consegue garantir em sua própria frota?

O episódio escancara a falta de responsabilidade da atual administração com os pacientes que dependem do SUS. Em vez de oferecer soluções, a Prefeitura empurra a culpa para erros que ela mesma cometeu, prejudicando o atendimento de pessoas que mais precisam de assistência: idosos, crianças e pacientes em tratamento contínuo.

Mais do que um erro técnico, a situação representa o retrato do abandono da saúde pública em Coxim. Falta planejamento, falta transparência e, acima de tudo, falta compromisso com a dignidade da população.

A saúde não pode esperar. E a população de Coxim não pode mais ser penalizada pela incompetência de uma gestão que ignora suas obrigações básicas.

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