UTI teve LIVE, exibição de capacetes personalizados, promoção de marcas e sorteio de brindes, em meio à internação do ex-presidente
O Conselho Regional de Medicina (CRM) anunciou a abertura de uma investigação contra um hospital que teria permitido o acesso de diversas pessoas à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) onde o ex-presidente Jair Bolsonaro esteve internado. O caso ganhou repercussão após vídeos e transmissões ao vivo (lives) circularem nas redes sociais, mostrando visitas não autorizadas, divulgação de marcas e até sorteios de brindes dentro do ambiente hospitalar.
Em um dos registros, é possível ver o ex-presidente participando de uma live diretamente do leito hospitalar, ao lado de apoiadores. Durante a transmissão, foram exibidos capacetes personalizados e promovidos sorteios de produtos, levantando sérias dúvidas sobre a conduta ética e sanitária da instituição.
Especialistas em ética médica apontam que a presença de pessoas alheias ao corpo clínico em uma UTI representa grave violação aos protocolos de segurança hospitalar, especialmente em ambientes onde pacientes estão vulneráveis e suscetíveis a infecções. Além disso, o uso do espaço para fins promocionais pode configurar infração ética e comercial.
O CRM informou que irá apurar possíveis irregularidades tanto por parte da gestão hospitalar quanto de profissionais que possam ter facilitado ou se omitido diante das ocorrências. O hospital ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
A investigação poderá resultar em sanções, caso sejam confirmadas violações ao Código de Ética Médica.


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