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Comissão da Câmara aprova proibição de uso de armas por seguranças de Lula
Comissão da Câmara aprova proibição de uso de armas por seguranças de Lula

Movimento da extrema direita distorce debate sobre desarmamento civil e coloca em risco a proteção de líderes do governo, ignorando as consequências para a segurança pública

Na terça-feira (8), a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que visa proibir o uso de armas de fogo pelos seguranças pessoais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de ministros de Estado. A proposta recebeu 15 votos a favor, oito contra e uma abstenção, e ainda precisa ser avaliada por duas outras comissões da Casa antes de seguir para o plenário.

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O projeto foi apresentado em agosto de 2023 pelos deputados Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), atual presidente da comissão, e Delegado Caveira (PL-PA), com o deputado Gilvan da Federal (PL-ES) atuando como relator. O texto determina que os seguranças pessoais do presidente e dos ministros não poderão portar armas de fogo, mesmo quando estiverem desempenhando funções de proteção imediata.

Durante a sessão, Gilvan fez declarações polêmicas e de ódio contra o presidente Lula, afirmando que desejava a morte do presidente e defendendo que seus seguranças andassem desarmados.

Por sua vez, Bilynskyj, conhecido por sua postura pró-armamentista, defendeu o projeto como uma maneira de "nivelar" o debate sobre o acesso às armas no Brasil, sugerindo que, se o governo dificultasse o acesso da população às armas, deveria começar com os próprios membros do governo.

O presidente Lula tem se mostrado contrário à ampliação do acesso às armas, tendo alterado as normas criadas durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) que facilitavam a aquisição de armamentos. Em tom irônico, Bilynskyj disse: “Já que o governo quer dificultar o acesso das pessoas às armas, vamos começar tirando as armas do governo e vamos ver como eles se sentem.”

Para o deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), vice-líder do governo na Câmara, o projeto é claramente inconstitucional e não deve avançar. Ele classificou a proposta como "tragicômica".

O projeto ainda precisa passar pela Comissão de Administração e Serviço Público e pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Caso seja aprovado nessas comissões, poderá seguir diretamente para o Senado, pois tramita em caráter conclusivo.

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