Atleta do time furta televisão de alojamento enquanto jogadores denunciam abandono e condições precárias após queda para a segunda divisão do Estadual
O Coxim Atlético Clube (CAC) viveu mais um capítulo de vergonha no futebol sul-mato-grossense após seu rebaixamento no Campeonato Estadual de 2025. Após a derrota em casa para o Naviraiense no último domingo, 2, o time foi rebaixado para a segunda divisão, mas o que parecia ser apenas uma tragédia esportiva logo se transformou em um escândalo envolvendo casos de furto e abandono de atletas.

Furto de Televisão
Após o rebaixamento, um dos jogadores do CAC, causou ainda mais indignação ao ser preso por furtar uma televisão de 42 polegadas do alojamento onde os atletas estavam hospedados. De acordo com informações, o jogador estava prestes a retornar para sua cidade natal, no Rio de Janeiro, e, insatisfeito com o tratamento recebido pelo clube após o rebaixamento, pegou a TV como forma de "pagamento". O furto foi registrado pelo dono do Rancho do Xuxa, onde os atletas estavam, o atleta foi preso na quarta-feira, 5, em um ônibus que seguia rumo a Rio Verde de Mato Grosso.
Abandono e Condições Deploráveis
A situação do time não se limitou ao furto. Relatos de abandono começaram a surgir, com atletas reclamando da falta de apoio por parte da diretoria do clube. Muitos ficaram sem comida e sem recursos para retornar às suas casas, após o rebaixamento. Segundo áudio enviado ao Edição MS, um dos jogadores denunciou que uma pessoa, identificada como Juninho, foi até o alojamento e pegou até a carne que os atletas tinham na geladeira, deixando-os apenas com ossos para fazer a mistura. A falta de compromisso da diretoria e o abandono dos jogadores foram amplamente criticados.
Além disso, um dos atletas revelou que gastou mais de R$ 4 mil para se manter em Coxim durante a competição, sem receber pelos serviços prestados. Parte do elenco já conseguiu retornar para suas cidades, mas outros ainda enfrentam dificuldades para comprar passagens de volta, ficando à mercê da situação precária em que se encontram. Em meio a essa crise, o presidente do clube, Antônio Magalhães, alegou que o compromisso com os atletas era de que todos fossem dispensados até o domingo (2), e que todos foram devidamente pagos. No entanto, o que se vê é uma realidade bem diferente nos relatos dos jogadores.
Crise Financeira e Falta de Apoio Municipal
Este rebaixamento e abandono não são novidades para o CAC, que vive uma grave crise financeira. A Prefeitura de Coxim não conseguiu prestar o suporte esperado devido à inadimplência do clube com o município, causada pela falta de prestação de contas do termo de fomento de 2024. O prefeito Edilson Magro (PP), lamentou publicamente a irresponsabilidade da atual diretoria, que parece não ter dado a devida atenção ao time e aos seus compromissos com a cidade e com os atletas.
Desfecho Trágico e Futuro Incerto
No fim das contas, o que resta para o Coxim Atlético Clube é mais uma mancha em sua história e um futuro incerto no cenário do futebol estadual. O rebaixamento, somado à falta de estrutura, apoio e respeito aos atletas, coloca em xeque o papel da diretoria e a continuidade do time em competições futuras.
O torcedor e a comunidade esportiva esperam uma reflexão por parte dos dirigentes, que já falharam em diversas ocasiões, e uma solução que possa garantir um futuro mais digno para o futebol em Coxim. Por enquanto, o que se tem é um amargo capítulo de vergonhas, fraquezas e promessas não cumpridas.


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