Em janeiro de 2025, o Governo Federal registrou um superávit primário de R$ 84,9 bilhões, conforme divulgado pelo Tesouro Nacional. Este resultado representa o terceiro melhor desempenho para o mês de janeiro desde o início da série histórica, ajustado pela inflação, ficando atrás apenas dos superávits de 2022 (R$ 88,779 bilhões) e 2023 (R$ 86,375 bilhões).
O superávit primário ocorre quando as receitas do governo superam suas despesas, excluindo os pagamentos de juros da dívida pública. No caso de janeiro de 2025, as receitas líquidas apresentaram um crescimento real de 3,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 257,8 bilhões. Por outro lado, as despesas aumentaram 4,4%, atingindo R$ 172,9 bilhões.
É importante destacar que, apesar do superávit registrado, o resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, que projetavam um superávit de R$ 88,5 bilhões para o período. Essa diferença foi atribuída a um aumento de 4,4% nas despesas ajustadas pela inflação, que superou o crescimento de 3,7% nas receitas líquidas.
No acumulado de 12 meses até janeiro de 2025, o Governo Central registrou um déficit primário de R$ 42,2 bilhões, equivalente a 0,32% do Produto Interno Bruto (PIB). O objetivo do governo para o ano de 2025 é equilibrar o orçamento, permitindo um déficit de até R$ 31 bilhões, ou 0,25% do PIB, conforme as diretrizes do novo arcabouço fiscal.
Esses resultados refletem os esforços do Governo Federal em equilibrar as contas públicas, mesmo diante de desafios econômicos e fiscais. O superávit primário de janeiro de 2025 demonstra uma gestão fiscal mais equilibrada, embora seja necessário monitorar de perto as despesas para manter a trajetória de equilíbrio orçamentário ao longo do ano.



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