A explosão das apostas online no Brasil não é mera coincidência. Em 2022, o país registrou impressionantes 113 milhões de apostas, consolidando-se como o recordista mundial em uma modalidade que está arruinando vidas e famílias. Essa estatística alarmante é fruto de uma estratégia de marketing massiva e agressiva, que utiliza todos os recursos para atrair apostadores, independentemente das consequências sociais.

O Poder da Propaganda

A publicidade é a alma dessa indústria bilionária. Patrocinadora oficial do Campeonato Brasileiro e dos maiores clubes de futebol do país, as empresas de apostas também dominam os intervalos comerciais da TV aberta e exploram a influência de celebridades e influenciadores digitais. Esses últimos, em especial, desempenham um papel crucial: com um alcance gigantesco nas redes sociais, incentivam diretamente o consumo desenfreado dessas plataformas, muitas vezes mascarando os riscos envolvidos.

O Alvo: Crianças e Jovens

Mais alarmante ainda é a entrada de menores de idade nesse universo. Jogos como "Tigrinho" e "Aviãozinho" têm atraído crianças, que são expostas a essas "arapucas" disfarçadas de entretenimento. A falta de regulação adequada e a propaganda sem limites tornam essas plataformas acessíveis a todos, criando uma geração de jovens vulneráveis ao vício em apostas.

As Consequências Devastadoras

O impacto é devastador. Famílias inteiras têm sido levadas à ruína financeira, enquanto indivíduos enfrentam problemas de saúde mental e isolamento social devido ao vício. A reportagem da revista Piauí lança luz sobre a gravidade do problema, reforçando a necessidade de medidas urgentes para conter essa epidemia.

Um Projeto de Lei Urgente

Diante desse cenário, está em tramitação na Câmara dos Deputados um projeto de lei que propõe a proibição total de propaganda e marketing de apostas online. A proposta se inspira em legislações já aplicadas a produtos como cigarros e bebidas alcoólicas, que também geram dependência e impactos sociais negativos.

A Propaganda Precisa Ser Regulada

Sem a publicidade, essas plataformas perderiam grande parte de seu poder de atração. Proibir a promoção de apostas é uma medida crucial para proteger os mais vulneráveis e mitigar os danos causados por essa indústria predatória. É hora de o Brasil dar um passo à frente e priorizar a saúde e o bem-estar de sua população.