Recentemente, o Brasil tem sido palco de uma série de episódios alarmantes que nos forçam a refletir sobre o estado de nossa democracia. Carro-bomba, homem-bomba, planos de assassinato contra figuras chave do governo, como o presidente, o vice-presidente e um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Esses atos de violência não são apenas uma ameaça à ordem pública, mas uma tentativa de subverter o regime democrático, alicerçado na Constituição, e retornar a uma era de autoritarismo e repressão.

Esses ataques, perpetrados por grupos extremistas, são a expressão de um bolsonarismo golpista que ainda se agarra ao poder por meios violentos e ilegais. Ao glorificar a ditadura militar, a tortura e a censura, esses indivíduos fazem apologia ao período mais sombrio da história recente do Brasil. E ao atacar a democracia, eles atacam as conquistas que tanto custaram à sociedade brasileira: a liberdade de expressão, os direitos humanos e a convivência pacífica entre diferentes visões políticas.

O extremismo político, em qualquer de suas formas, não pode ser tolerado em uma democracia. Em um sistema democrático, o confronto de ideias deve ocorrer dentro de limites civilizados, respeitando as instituições e os princípios do Estado de Direito. O uso de violência como forma de imposição de um ponto de vista é incompatível com os valores democráticos e deve ser rejeitado por toda a sociedade.

Agora, mais do que nunca, é essencial que as forças democráticas se unam em defesa da República. Não podemos aceitar anistia para aqueles que atentam contra a democracia, seja por meio de ações violentas, seja por meio de discursos de ódio. A punição rigorosa para os responsáveis por esses atos é fundamental para garantir que a democracia seja preservada e que o Brasil não volte a viver sob o autoritarismo de um regime que nunca deveria ser saudado.

Este é o momento de agir com coragem, de afirmar que o Brasil é um país democrático, onde a pluralidade de ideias e o bom debate prevalecem sobre a violência e a intolerância. Devemos ser firmes na defesa de um Brasil livre, justo e democrático, onde todas as pessoas possam expressar suas opiniões, sem medo de represálias ou intimidação.

A democracia não é um ponto de chegada, mas um valor que precisa ser defendido todos os dias. Não podemos permitir que o extremismo político, seja de qualquer lado, coloque em risco os pilares que sustentam a nossa liberdade. A luta pela democracia é também a luta por um Brasil mais justo, plural e respeitoso com as diferenças. A hora de agir é agora.