Celebração da fé, cultura, gastronomia e tradições ancestrais, é acompanhada do prato típico de feijão preto, que tem origem nas religiões de matriz africana
Nesse dia 23 de abril, o cardápio para a maioria dos cariocas é o mesmo: a feijoada. O Dia de São Jorge — associado a Ogum, nas religiões de matriz africana — é uma celebração da fé, mas também de cultura, gastronomia e tradições ancestrais. O prato típico, feito invariavelmente com feijão preto, é a marca registrada da festa em homenagem ao santo guerreiro, que coleciona devotos em todo o país.
A celebração, que surgiu com a Igreja Católica, se tornou um marco da cultura brasileira, sendo até feriado em parte do país, como no Rio de Janeiro. Para entender por que a data é comemorado com feijoada, é preciso conhecer as religiões afro-brasileiras. O feijão preto é conhecido como “comida de orixá'' e uma das oferendas que podem ser servidas a uma das mais populares entidades: Ogum.
A feijoada de Ogum é uma tradição das religiões de matriz africana como Candomblé e Umbanda. O principal motivo para esse costume é pela relação entre o feijão e o orixá Ogum. Ogum representa proteção e coragem, mas também o trabalho árduo e a agricultura. Assim como a imagem de São Jorge, um santo guerreiro, protetor dos agricultores, soldados e artesãos.
Para agradecer a Ogum, as comidas oferecidas para eles são tipicamente feitas com feijão, um ingrediente abundante, que representa fartura, através de pratos simples, como farofa de feijão-fradinho e também a feijoada. Por isso, o prato, ícone da gastronomia e cultura brasileira, é o carro-chefe da celebração religiosa.
Fonte: O Globo
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