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Lula diz que pediu ao ministro da Justiça para fechar 'quase todos' os clubes de tiro do Brasil
Lula diz que pediu ao ministro da Justiça para fechar 'quase todos' os clubes de tiro do Brasil

Presidente argumentou que apenas organizações de segurança como polícias e as Forças Armadas deveriam contar com espaços para a prática

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta terça-feira (25) que pediu ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que fechasse "quase todos" os clubes de tiro no país.

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Segundo o presidente, apenas organizações de segurança como polícias e as Forças Armadas deveriam contar com espaços para a prática.

"Eu, sinceramente, não acho que um empresário que tem um lugar para praticar tiro é um empresário. Eu, sinceramente, não acho. Eu, já disse para o Flávio Dino, nós temos que fechar quase todos, só deixar aberto aqueles que são da PM e do Exército, ou da Polícia Civil", disse.

"É organização policial que tem que ter lugar para atirar, para treinar tiro. Não é a sociedade brasileira. Nós não estamos preparando uma revolução. Eles tentaram preparar um golpe, 'sifu'. Nós não", continuou o presidente.

Lula também defendeu o decreto editado por ele na semana passada, que restringe o acesso de civis a determinadas armas e tipos de munição.

"Tinha uma confusão, se pode liberar arma, CACs. Eu acho que temos que ter claro o seguinte: por que cidadão quer pistola 9 mm? Por que ele quer? O que vai fazer com essa arma? Vai fazer coleção? Vai brincar de dar tiro? Porque no fundo, no fundo, esse decreto de liberação de armas que o presidente anterior fez era para agradar o crime organizado, porque quem consegue comprar é o crime organizado e gente que tem dinheiro. Pobre trabalhador não está conseguindo comprar comida", disse.

Novas regras para armas

Na sexta-feira (21), Lula assinou as novas regras sobre o controle "responsável" de armas no país.

A medida foi editada durante cerimônia no Palácio do Planalto e faz parte do Programa de Ação na Segurança (PAS), um pacote do governo que tem o objetivo de diminuir a violência no país.

Em discurso, Lula afirmou que não se pode permitir "arsenais nas mãos de pessoas". Já o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que o decreto põe fim a um "capítulo trágico e de trevas" no país. Dino declarou ainda que a medida é "ponderada" e "equilibrada", e pode salvar vidas.

Entre outras medidas, o decreto:

reduz a quantidade de armas e munições que podem ser acessadas por civis para defesa pessoal
diminui o número de armas e munições que podem ser adquiridos pelos CACs (caçadores, atiradores e colecionadores)
proíbe CACs de transitarem com armas municiadas
restringe o funcionamento de clubes de tiro
retoma regras de distinção entre armas de uso de órgãos de segurança e armas para cidadãos comuns
diminui a validade dos registros de armas de fogo
prevê a migração do controle de armas do Exército para a PF

Fonte: G1

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