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Governadores bolsonaristas contrariam MEC e vão manter escolas cívico-militares
Governadores bolsonaristas contrariam MEC e vão manter escolas cívico-militares

Decisão é aceno aos eleitores de direita nos estados, em especial, daqueles políticos que se apresentam como herdeiros de Bolsonaro após a inelegibilidade

Governadores ligados ao bolsonarismo decidiram ampliar o número de escolas cívico-militares nos estados após a decisão do Ministério da Educação de encerrar o programa federal na área. A pasta informou, nos últimos dias, que não irá renovar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), que previa gestão compartilhada das Forças Armadas e civis em escolas do País.

O modelo era uma bandeira da gestão bolsonarista. Jaques Wagner, líder do governo Lula, porém, negou ao site O Antagonista que a decisão tenha cunho ideológico. A ordem é técnica, diz o senador. Oficialmente, uma nota técnica do MEC aponta que o Pecim foi encerrado por, entre outros motivos, representar um desvio de finalidade dos militares federais.

Há também uma visão de que os recursos extras destinados ao modelo podem ser melhor empregados pelo MEC. O modelo didático-pedagógico adotado nas unidades também seria conflitante com o sistema brasileiro. Os itens, como citado, constam em uma nota técnica que teria embasado a decisão, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo. 

Ao todo, o programa federal tem 202 escolas, com aproximadamente 120 mil alunos, e emprega quase 900 militares. O modelo deve ser descontinuado até dezembro e essas escolas deverão retornar para o sistema regular dos estados. Parte das administrações regionais, porém, já anunciou que não pretende reintegrar as unidades do programa ao sistema tradicional e irá, na verdade, ampliar um modelo cívico-militar estadual.

O principal estado a contrariar a decisão do MEC é São Paulo, comandado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), um ex-ministro bolsonarista que tenta se cacifar como sucessor do inelegível Jair Bolsonaro (PL). Ele tem feito acenos aos eleitores de direita e, segundo pesquisas, tem tido resultados positivos. Politicamente, a ordem para ampliar o programa é lida como mais um destes acenos.

Fonte: Carta Capital

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